quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Aminatu Haidar, o rosto da luta


A activista saraui Aminatu Haidar de 42 anos encontra-se numa luta latente contra o tempo desde o dia 14 de Novembro, aquando da sua detenção pela polícia marroquina que lhe confiscou o passaporte e a deportou para Espanha, aquando do deu regresso dos EUA para El Aiún, depois de ter recebido o Prémio Coragem Cívica da Train Foundation. À chegada preencheu um documento de desembarqueescrevendo "Saara Ocidental" ao invés de "Marrocos" no local da morada. Não foi de facto original, no entanto, Rabat desta vez considerou um acto claro de renúncia à nacionalidade, retirando-lhe o passaporte e expulsando-a para Lanzarote, a 14 de Novembro, onde se encontra em greve de fome. Aminatu exige que lhe seja permitido o regresso a sua casa, onde tem 2 filhos, no Saara Ocidental ocupado por Marrocos, recusando a "nacionalidade" espanhola oferecida por Zapatero. Após o mediatismo deste caso, as autoridades marroquinas redobraram a repressão contra a população saharaui, ocupado por forças marroquinas e, nomeadamente, contra activistas dos direitos humanos, afirmou Aminatu numa das poucas conversas que teve com jornalistas. Actualmente são 7 os activistas detidos em Rabat, que serão presentes num tribunal militar e severamente julgados.

Governos espanhol prepara o regresso de Aminatu ao Saara Ocidental, enviando um avião para Lanzarote, com o objectivo de a transportar ao Saara onde foi expulsa há cerca de 1 mês. Segundo informação médica, Aminatu encontra-se em "boas" condições de realizar a viagem de regresso.

Do ponto de vista diplomático, casos como este, chocam toda a comunidade internacional, demonstrando as lacunas que a intervenção diplomática e os mecanismos de resolução de conflitos são ineficazes. Também o Parlamento Europeu resolver retirar da agenda uma resolução, segundo a qual "a transferência" de Aminatu para Lanzarote foi "uma violação fragrante da lei internacional". A pro-actividade diz respeito ao líder do grupo socialista europeu. "Calados ajudaremos mais", afirmou Martin Schultz, informando que "no decorrer do dia soluções vão surgindo".

2 comentários:

  1. Se fosse um europeu em um país do Oriente Médio, talvez Martin Schultz não desejaria ajudar calado...

    Com algumas coisas eu realmente não concordo.

    Camila.

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  2. Uma grande vitória da diplomacia, mas acima de tudo do ACREDITAR!

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