terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Cimeira da ONU sobre alterações climáticas (Copenhaga)


Copenhaga: 14 dias de intensas negociações (quiça) que irão decidir a conduta de futuras gerações.


Alterações climáticas: a grande ameaça que põem em causa as gerações actuais e as vindouras, bem como a prosperidade e a segurança global. Embora a cegueira social insista em permanecer surgem factos inegáveis, nomeadamente, nas últimas duas décadas, 11 desses anos foram os mais quentes de todos os tempos, a camada do gelo do árctico está a derreter, e os preços do petróleo de alguns bem fundamentais desencadearão futuras catástrofes. Análises científicas já não "perdem" tempo em culpar o ser humano, mas sim o tempo que ainda nos resta para amenizar os danos causados. No sentido de dirimir estes resultados assustadores, 192 países reunem-se em Copenhaga, não entrando em confrontos directos, nem atribuindo culpas, de modo a definirem o melhor plano para ultrapassar o grande fracasso das últimas décadas.

A ciência é rica em sistemas e leis que atrasam todos os processos, no entanto os factos urgem em aparecer e piorar as estatísticas que só por si só já nos colocam em alerta. A médio prazo é necessário reduzir a temperatura média em cerca 2ºC, evitando assim, todas as adversidades que daí resultam. É de salientar, que poucos defendem que de Copenhaga resultará um acordo estruturado e definido na sua plenitude, dada a constante negação americana a acordos desta índole. De facto, a política interna norte-americana continua a exercer enorme pressão e não podem colocar à mercê de todos alterações da sua política interna. No entanto, os líderes políticos podem, em conjunto, chegar a um modelo e definirem datas para a execução de tarefas rígidas e claras, para posteriormente chegarem a um tratado, que terá que estar pronto no próximo encontro das Nações Unidas sobre alterações climáticas do próximo mês de Junho em Bona (Alemanha). Há que encontrar uma solução eficaz para o falhado Protocolo de Quioto que teria o seu efeito e atingiria o apogeu em 2012 (1997-2012).

Gigantes como os EUA e China que lideram o ranking dos maiores poluidores a nível mundial, serão pressionados a colaborarem na pressucução de um acordo sobre as alterações climáticas por todo a comunidade internacional, enquanto o tempo se escasseia e as sociedades correm riscos. Ultrapassar as alterações climáticas exigirá uma visão optimista no seio da podridão a que assistimos, de que num futuro a médio-longo prazo os níveis de emissão de gases poluentes estarão mais controlados, como Abraham Lincoln chamou "os melhores anjos da natureza!"

1 comentário:

  1. É preciso ser muito otimista mesmo. Não acredito que teremos uma solução e união suficientes para esse tema. Assim como no caso da Crise Economica, a Crise Ambiental está sendo tratada apenas como uma medida imediatista... Infelizmente, ambas estão bastante conectadas. Exagero no consumo, desejos, muito dinheiro, empréstimos etc, acabam gerando mais lixo e se cada ser humano não fizer a sua parte, seremos engolidos por toda essa podridão. Não da para esperar as resoluções multilaterais.

    Também sou formada em RI. Cai no seu blog por acaso, gostei dos posts!

    Camila.

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